quinta-feira, 30 de maio de 2013

Situação dos campi, atualizado em 28/05


CHAMADO AO 2º CEEUF 2013, EM MARÍLIA

TODAS E TODOS AO CONSELHO DE ENTIDADES ESTUDANTIS DA UNESP/FATEC
O ensino público no Brasil enfrenta diversas dificuldades atualmente, e aqui no estado de São Paulo, não poderia ser diferente. Basta olhar para os acontecimentos na UNESP desde abril desse ano para ter ideia de que o Movimento Estudantil tem sido uma pedra no sapato da Reitoria. A partir de 17 de abril, algumas unidades começaram a deflagração de greves gerais para solicitar o atendimento de suas pautas de reivindicações específicas.
Nos dias 4 e 5 de maio foi realizado o Conselho de Entidades Estudantis da UNESP/FATEC (CEEUF), em Ourinhos, com a presença de 250 participantes de 32 entidades no total de 12 campi, delegações da USP, UNICAMP e UNILA e lideranças indígenas para pensar numa maneira de aprofundar os debates sobre permanência estudantil, a estrutura de poder da universidade e o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista, o PIMESP. O debate foi centrado em como articular uma pauta de reivindicações que fosse capaz de atender às necessidades comuns de cada campus, resultando num documento final que foi direcionado à Reitoria e um calendário de manifestações unificadas.
A partir de então, o debate começou a se espalhar por diversas outras unidades, que sequer sabiam das greves, mas que aderiram em solidariedade às mobilizações em curso enviando cartas, delegações e doações. No dia 17 de maio, estudantes de 12 campi, metade do total, foram até a Reitoria da UNESP, no centro de São Paulo, para se manifestar. Ocorreu uma reunião com a Administração e a Assessoria Jurídica da universidade, que não debateu nossas reivindicações, mas se colocou à disposição de ajudar com o aporte jurídico necessário à reorganização do Movimento Estudantil e do Diretório Central de Estudantes (DCE). As negociações mal começaram!
Nos dias 14, 15 e 16 de junho, em Marília, será realizado outro Conselho de Entidades Estudantis da UNESP/FATEC e o Fórum de Moradias da UNESP, dois espaços de inform(ação). As e os interessados devem chamar Assembleias de Curso para eleger um(a) delegada(o), e Assembleia Geral para escolher um(a) representante por campus. Para ter sua participação confirmada, é necessária a Ata da Assembleia que o elegeu e o estatuto da entidade que representa e apresentar durante o Conselho.
Como a Reitoria se comprometeu a arcar com os custos relativos à nossa organização, nós devemos protocolar o pedido de transporte para negociarmos nas próximas reuniões de negociação.
CONTRA O PIMESP, COTAS PROPORCIONAIS JÁ!
POR POLÍTICAS EFETIVAS DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL!
FIM DO 70-15-15! DEMOCRACIA NA UNIVERSIDADE JÁ!
PELA II ASSEMBLEIA ESTATUINTE DA UNESP!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ata da assembleia geral de estudantes – 27/05/13


Obedecendo ao estatuto do Centro acadêmico, quando não há quórum é posto um teto de 30 minutos para início da assembleia para que as deliberações tenham validade.
A assembleia teve início às 19h47min com presença de 38 alunos.
Como o Centro Acadêmico Aziz Ab’ Saber não conta com uma gestão eleitas na plenária cinco pessoas para compor a mesa.
Pautas:
Informes: Reunião com a reitoria
Zaca passou os informes da negociação, pontuou as questões de permanência incluindo bolsas e R.U e concluiu que a greve só termina em acordo com o C.E.M, após calendário de negociação e garantia da Comissão paritária.
Paty comentou que os retroativos devem ser pagos e apontou alguns gastos supérfluos como a frota de Corollas.
Herpes perguntou sobre o pagamento de aluguéis Zaca respondeu que a reitoria se mostrou aberta até que as moradias saiam.
Carol levantou o ponto da terceirização do R.U e que não devemos admitir, propôs incluir na pauta de reivindicações. Zaca falou sobre a posição da coordenação de que seria terceirizado, Carol disse que não devemos permitir.
Jacaré comenta sobre a posição da reitoria, justificando que não existe estrutura de funcionários para inclusão dessas construções. Carol disse que foi falado que após a greve de Marília não haveria mais terceirização nos restaurantes.
Mazinha disse que o reitor mostrou repulsa sobre a terceirização em reunião passada aqui no campus, pois essa era uma “dor de cabeça”.
Reunião na ALESP
Zaca expôs a reunião com o deputado Edynho Silva, mostrando nossa posição em relação a autonomia na universidade e tomando cuidado para que não sejamos aparelhados
Katia pontua algumas estratégias para a audiência pública, pensando com calma sobre o que falaremos e nossas posições no dia. Carol disse que o pessoal falou com a coordenação sobre a audiência e esta tomou posição contrária.
Carol pergunta qual a posição da C.E.M. Yume responde que a proposta foi bem aceita, mas deixando claro o posicionamento de autonomia e apartidário. Carol diz que a pressão será posta mostrando que o movimento está grande e que não deve haver deputados na negociação, propõe discutir neste espaço as bandeiras do movimento e discussão sobre o projeto de educação do governo, incluindo as pautas dos professores estaduais e municipais – levar para reunião com a C.E.M. Yume concorda em encaminhar amanhã para a reunião com a comissão. Yume disse que com a pressão na política é possível aumentar o repasse do ICMS para a educação
Comissão do conselho de curso
Zaca disse que a comissão está estudando os assuntos sobre reposição e professores substitutos e que tudo será normalizado, reposição é obrigatória mesmo que o efetivo não queira dar aula em julho, a unidade deve contratar substituto para tal. Paty complementa que o contrato do substituto se renova após o término nesse caso e sobre o TCC ainda está na data de prorrogação e que no DTA há todas as informações.
Ubatuba pergunta se o prazo será votado após greve, Paty responde que após o término da greve haverá reunião para rever todos os prazos.
BH perguntou se há diálogo entre conselho de curso e conselho diretor. Paty responde que quem resolve questões de curso é o conselho de curso e que a coordenação executiva estava desinformada sobre essas questões, o conselho de curso viu como falta de ética esta passar por cima das deliberações do conselho. O conselho diretor não deve se posicionar sobre essa questão.
Jacaré questiona o calendário oferecido pelo C. diretor. Paty diz que não contempla, pois está com datas erradas e que este calendário é tido apenas como suposição. Queijo reintera que o calendário foi uma simulação. Paty pergunta a explicação pelas datas erradas, Queijo disse que não sabe e que o calendário deve ser desconsiderado.
Fórum das VI
Yume começa a ler o boletim tirado na reunião do Fórum onde haviam dois representantes discentes, esses eleitos pela C.E.M. Jacaré pontua o que é o Fórum das Vi, Yume explica.
Zaca diz que Ourinhos pode entrar em greve geral na próxima semana. Jacaré diz que em discussão com professor sobre paridade, foi proposto uma Associação entre discentes, docentes e servidores para aumentar o diálogo entre as categorias.
Yume fala quais campi estão em greve de servidores: Bauru, Marília, Assis, S.J. dos Campos, Rio Preto, São Paulo, Botucatu, Araraquara e Ilha Solteira e estudantes: Ourinhos, Marília, Assis, Rio Claro, São Vicente e Rio Preto. Professores de São Vicente param a partir de segunda.
Comissão Estadual de Mobilização
Yume começa a pontuar a ida de representantes as assembleias de Assis e Marília. Jacaré diz que em Assis houve assembleia de retorno as aulas, partida da congregação, não passou a proposta, mesmo os contrários a greve propondo votação em cédulas e com exigência dos mesmos na contagem das cédulas. Marília há tensão, segundo Jacaré, a assembleia houve a mesma pauta de término da greve, proposto pela diretoria. Ele põe sua visão de que as reitorias e diretorias estão tentando abafar o movimento pelos campi. Jacaré diz que a carta de Ourinhos foi lida em Marília, Ourinhos rebateu.
Carol pontua que sair da greve agora seria acabar com toda a comunicação, perdendo nossos argumentos para pressionar a Reitoria a negociar conosco. Fala sobre a leitura da carta em Marília, que foi uma falta de respeito com Ourinhos e que inúmeras cartas foram enviadas para a reitoria. Pontua sobre a ação no ministério público que há equívocos neste processo. Zaca faz um parênteses da carta enviada após a greve para a reitoria e esta não respondida. Yume diz que a ordem de desmobilização da reitoria só ajudou no fortalecimento do movimento.
Jacaré pontua que assembleia de alunos não deve haver intromissão de professores ou funcionários. Ainda põe sua posição sobre os alunos que querem processar outros alunos, devemos parar pra pensar no coletivo, já que a carta está difamando mentira e essas podem ser processadas por calúnia e difamação.
Mazinha perguntou dos protestos. Queijo, como representante respondeu que a carta é estranha e que a evocação do ministério público deve ser direcionada a quem e por quê. E que ninguém ainda processou ninguém. Chimbinha só pontua que o processo deve ser acatado pelo Ministério público antes de ser vigorado.
Chassi diz que não há justificativa no embate entre alunos, já que a greve se iniciou reivindicando direitos legítimos do ser humano. Posiciona-se na defesa contra o eventual processo no ministério, sentindo-se lesado, mesmo não sendo do coletivo de greve.
Yume fala sobre a reunião de sábado, sendo essa semi-presencial em Assis, deliberado que quarta haverá presencial em Marília, em conjunto com SINTUNESP E ADUNESP. Devemos deixar claro que nossas pautas devem se conjuntas com os sindicatos para que não sejamos deixados de lado caso esses alcancem suas reivindicações. Pontuou o email da reitoria que delimitava as reuniões a cinco representantes discentes, nossa posição é contrária, onde todos os representantes devem participar juntos da negociação. Outra deliberação foi na construção do CEEUF nos dias 14, 15 e 16 em Marília. Jacaré diz que as negociações devem ser transmitidas via internet.
Yume só lembra que a próxima reunião de negociação será entre 3 e 7 de junho
Câmeras no Campus
Jacaré apresenta a proposta. Bisnaguinha diz que não tem nada a ver com a greve e Mazinha complementa dizendo que esse pedido foi feito há anos e agora que está sendo atendido houve conversa informal com professor. Ubatuba concorda com Mazinha e complementa dizendo que houve conversa informal com professor.
Jacaré diz que o questionamento deve ser envolto do direcionamento das verbas. Zaca pontua que não deve ser por conta da greve e sim por pedido do CREEF. Yume comenta que Assis e Marília não há câmeras e que por isso deve ser questionado. Zaca propõe que seja levado para o conselho diretor sobre as câmeras.
Carol reitera que o questionamento deve ser feito em cima do direcionamento de verba dentro do campus. Mazinha diz que a questão do áudio deve ser questionada, pois é ilegal.
Roça diz que as câmeras devem ser usadas pro nosso lado também, pois prova que nada no campus foi degradado pela ocupação, acha que não deve ser reclamada essa questão. Vó afirma que deve ser levado no conselho diretor e questionar o ponto da verba, já que exorbitantes 70 mil são gastos apenas com a coordenação. Ubatuba diz que devemos exigir que as pautas e atas dos conselhos sejam divulgadas a toda comunidade. Jacaré diz que essas reuniões devem ser abertas. Ana reforça a necessidade das atas para que não haja desencontro de informação entre as comissões permanentes dentro dos conselhos.
Dedão reforça que esses problemas estão envolto na questão da estrutura de poder e que devemos lutar para termos representação dentro desses órgãos.
Afrente fala sobre a questão da câmera, afirmando que funcionário afirmou a potencialidade de imagem e áudio da câmera.
Campus novo
Katia inicia a discussão, dizendo que está relacionada ao desmembramento do campus. Diz que estudo proposto que a mudança para o campus novo aumentaria a área construída. Assim vários serviços oferecidos pela prefeitura passariam para custo da unidade. Proposta da coordenação que o administrativo seja transferido para o campus novo e as aulas continuem no atual, isso traria mais verba para a unidade, essa questão será deliberada no próximo conselho diretor. Queijo apresenta os gastos do novo campus, ressaltando que a UNESP não sairá do atual espaço. Ainda reitera que a UNESP não está no plano diretor de Ourinhos. Há vários empecilhos para esse desmembramento.
Vó levanta a questão do cursinho, apresentando alguns dados sobre, dizendo que se os alunos fossem reconhecidos a verba dobraria na unidade. Vários pedidos como ônibus e uso dos espaços são negados pelo conselho diretor. Deve-se questionar que os alunos pertencem também a universidade e merecem o uso do espaço. Ubatuba propõe que esta questão seja levado para os conselhos em paridade.
Jacaré diz que a coordenação tem postura contraditória, pois quando ela diz que mais alunos é mais verba, mas a estrutura não engloba maior quantidade de alunos. Não deve-se aceitar esse tipo de precarização.  Carol nesta questão propõe que todas as questões sobre o campus novo deve ser discutida em reuniões abertas, e que na pauta com a reitoria todo campus deve ser transferido junto.
Queijo explica o processo sobre o atual Campus e dependendo do resultado do processo a justiça pode exigir a saída da UNESP do atual espaço. Ubatuba pergunta se para recebermos a verba maior, devemos ocupar o espaço. Katia responde que os gastos com pessoal com o campus novo já estarão sendo gastos, então que mudemos já. Ubatuba diz que então que haja mudança completa da unidade. Jacaré diz que a intenção da coordenação é não abandonar o atual espaço para não cortar gastos, assim grupos de estudos e projetos ficariam no atual.


Reunião comissão do conselho diretor e coletivo de greve
Yume lê o email enviado pela coordenação. Ubatuba acha que a reunião não deve acontecer, pois foi deliberado em assembleia que não temos que esclarecer a greve ao conselho diretor.
Farofa acha que devemos usar o espaço para nos posicionar em relação as pautas levantadas nesta assembleia.
Carol acha que essa reunião deve ser aberta. Vó acha que é importante participar, enviando um email para inserir nossas pautas nessa reunião. Katia diz que como essa reunião não é deliberativa ela não decide nada, nem passa por cima da decisão dos alunos.
Propostas
Inclusão na pauta de reivindicação:
RU sem terceirização (aprovada por unanimidade);
Reavaliação da equação orçamentária das unidades (aprovada por unanimidade);
Tirar comissões para elaboração das pautas de reivindicações relacionadas ao câmpus novo (aprovada por unanimidade).

Congregações Locais (UNESP Ourinhos):
Pedir esclarecimento ao Conselho Diretor sobre os gastos e necessidade das câmeras no campus (aprovada por unanimidade);
Pedir esclarecimento ao conselho diretor quanto aos alunos do cursinho serem contabilizados na petição de verba à Reitoria. Porém, não são inclusos totalmente no espaço da Universidade (biblioteca, informática e salas de aulas) aprovada por unanimidade;
Confirmar a reunião aberta do Conselho Diretor, no entanto, de acordo com as pautas levantadas pela assembleia dos estudantes da UNESP Ourinhos (aprovada por unanimidade);
Propor paridade nos conselhos de curso e diretor com reuniões abertas à comunidade acadêmica (aprovada por unanimidade).

Pautas de discussão para audiência pública
Apresentar à Comissão Estadual de Mobilização as nossas propostas para a audiência pública: levantar as bandeiras de luta, contra o PIMESP, repasse do ICMS para Ensino Superior e projeto de educação (aprovada por unanimidade).

A mesa então encerrou a assembleia às 22h48min deste mesmo dia.


Ourinhos, 27 de maio de 2013





domingo, 26 de maio de 2013

ATIVIDADES SEMANA 27 A 31/05

segunda-feira
9h – Estudo dos estatutos do D.C.E e C.A
12h – Almoço
14h – Continuação do estudo do estatuto da UNESP
19 – Assembleia geral dos estudantes
Pautas: - Informes: Reunião com a reitoria, reunião na ALESP, última reunião do C.E.M
- Cameras do Campus
- Campus novo

terça-feira
9h – Continuação do estudo do estatuto da UNESP
12h – Almoço
14h – Pedágio no centro, concentração na Mello Peixoto
19h – Balanço de greve

quarta-feira
9h – Estudo da lei federal de cotas
12h – Almoço
14h – Continuação do estudo do estatuto da UNESP
19h – Cine: Patagônia Rebelde
Sinopse: No ano de 1921, na Patagônia, a classe operária era explorada e obrigada a trabalhar em condições degradantes, até que decide criar o movimento Anarco-Sindicalista que reivindica condições minimamente dignas de trabalho. Um clássico do cinema argentino, que tem de ser visto pelo seu conteúdo humano e político. "Patagônia Rebelde" conta no elenco com ninguém menos do que Héctor Alterio, do recente sucesso "O Filho da Noiva".

quinta-feira
12h – Churrascão da unidade diferenciada, futebol, queimada, e outras atividades recreativas
- Contribuição de 10 reais para comprar o rango e os refrigerantes, pagar até quarta para Zaca.
- Como não somos nós que decidimos, mesmo no campus ocupado, favor não consumir bebida alcoólica dentro do ambiente.
18h – Limpeza coletiva
sexta-feira
9h – Final do estudo do estatuto da UNESP
12h – Almoço
14h – Debate e conclusões sobre o estatuto da UNESP, D.C.E e C.A


19h – Balanço de greve

BOLETIM CONJUNTO SINTUNESP – ADUNESP – CEEUF (24/05/2013)

Reajuste de 11%! Isonomia de pisos e benefícios! Plano de permanência estudantil! Não ao Pimesp! Paridade na representação! Não à repressão aos movimentos sociais!
Sintunesp, Adunesp e CEEUF indicam às assembleias:
GREVE GERAL NA
UNESP A PARTIR DE 3/6
A segunda rodada de negociações da data-base 2013, realizada no dia 24/5, não trouxe avanços. Embora cientes do descontentamento das assembleias de base, que rejeitaram os 5,39% de reajuste e cobraram a continuidade das negociações, os reitores mostraram-se intransigentes. Em relação ao reajuste, dão por encerrada a conversa, limitando-se a acenar com uma reunião entre Comissão Técnica do Cruesp e Fórum das Seis em setembro. Quanto aos demais pontos da pauta – isonomia de pisos e benefícios, permanência estudantil, entre outros – remetem a discussão para o âmbito de cada universidade, comprometendo-se apenas que ela aconteça num prazo de 4 meses.
O indicativo do Fórum das Seis, a ser avaliado nas assembleias de base, é a realização de um dia de paralisação e ato unificado em 11/6, na Unicamp (conforme boletim do F6).
Reunidos após a negociação, Sintunesp, Adunesp e representantes dos estudantes da Unesp (indicados pelo Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC – CEEUF) avaliaram que a conjuntura na Unesp é favorável a uma mobilização que vá além de um dia de paralisação. Entre os estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes, há muita indignação, relacionada a reivindicações que constam todas na Pauta Unificada do Fórum das Seis.
A paralisação dos funcionários em quase todas as unidades e dos docentes em algumas delas, no dia 24/5, bem como a greve dos estudantes em alguns campi e a mobilização em quase todos eles, são indicadores da disposição dos três segmentos em batalharem pelo atendimento destas reivindicações.
Assembleias até 29 de maio
Sintunesp, Adunesp e CEEUF indicam às suas bases a deflagração de greve a partir de 3 de junho, segunda-feira pós-feriado, para pressionar a reitoria a negociar em torno a seis reivindicações centrais:
- Reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes.
- Isonomia de pisos e benefícios.
- Plano de permanência estudantil, com base nas reivindicações constantes na Pauta Unificada 2013.
- Não ao Pimesp.
- Paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade.
- Não à repressão aos movimentos sociais.
Para avaliar o indicativo feito aos três segmentos, a orientação é que as bases realizem assembleias até quarta-feira, dia 29 de maio, enviando os resultados às suas respectivas entidades.

Audiência pública para debater a greve das unesps

Edinho propõe audiência pública para debater paralisação de estudantes da Unesp

22/05/2013Large_deputado_edinho_silva_sp
O deputado estadual e presidente do PT-SP, Edinho Silva, vai propor à Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa a realização de uma audiência pública para debater a paralisação de estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Na tarde desta quarta-feira, dia 22, o parlamentar recebeu em seu gabinete uma Comissão de estudantes da Unesp, campus de Ourinhos. Parte dos alunos deste campus está em greve desde o dia 17 de abril, reivindicando melhorias na relação com a reitoria da universidade, além de valorização de funcionários e construção de moradias para estudantes carentes.
De acordo com o grupo que esteve com Edinho, a tendência é de expansão do movimento para outros campi, a partir deste dia 24 de maio. Segundo eles, a insatisfação entre os alunos da Unesp é geral e será demonstrada com a efetiva paralisação das aulas em todo o estado.
Na tentativa de evitar a greve geral e o prejuízo que ela trará à comunidade acadêmica, o parlamentar, que é graduado na Unesp Araraquara, elaborou requerimento a ser votado na próxima reunião ordinária da  Comissão. Ele propõe que sejam convidados para a audiência o secretário de Estado da Educação, representante da reitoria da Unesp, do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo – Cruesp, do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp) da Comissão Estadual de Mobilização dos Estudantes da Unesp (CEM-Unesp).
JUSTIFICATIVA - Na justificativa, Edinho argumenta que a greve dos estudantes se deve à dificuldade de diálogo com a reitoria na Universidade em pautas relacionadas à permanência estudantil. Os alunos reclamam de atraso no pagamento de bolsas, valor ínfimo do auxílio, falta de transparência nos processos seletivos de programas estudantis, e novos projetos de extensão. Também reivindicam construção de um restaurante universitário, assim como de moradia estudantil.
O grupo que se reuniu com o deputado relata descaso da reitoria para com a comunidade unespiana. De acordo com o grupo, o desinteresse começa na própria estrutura de poder da Universidade, na qual os discentes, assim como os funcionários da Unesp (que não são professores) têm apenas 15% de representação nos órgãos colegiados da entidade. Ou seja, juntos, representam apenas 30% do poder de voto perante os 70% dos professores universitários.
Outra pauta da greve é a insatisfação com relação às disposições do Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito do Ensino Superior Paulista) que, embora esteja em discussão no Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo), não observou as diretrizes estabelecidas pela legislação federal que trata do processo de inclusão social em cursos de nível superior.
Para adequar o Pimesp ao que consideram justo, os universitários propõem a realização de uma assembleia estatuinte representativa de todos os estudantes da universidade que definiria uma nova proposta de inclusão educacional em nível superior.
Nessa proposta, constaria o rol de reivindicações da classe, como a construção de restaurantes universitários e residências estudantis nos campi que não as têm e ampliação nos campi que a necessitam. Também seriam pleiteados aumento do número e do valor de bolsas, a reformulação de programa de extensão universitária, bem como o estabelecimento de diálogo com a reitoria para que seja ampliada a participação dos alunos nas decisões do Conselho Universitário.
“Diante do evidente interesse público que reveste a discussão proposta pelos estudantes, bem como da necessidade de uma postura fiscalizadora por parte do Parlamento no que tange à administração universitária no Estado de São Paulo, proponho a realização de uma audiência pública pela Comissão Permanente de Educação e Cultura da Alesp”, afirma Edinho.