domingo, 28 de abril de 2013

MOÇÃO DE APOIO DOS ESTUDANTES DE GEOGRAFIA DA UNICAMP


Os estudantes da UNESP – campus Ourinhos estão organizados em greve desde o dia 17 de abril, por deliberação de uma Assembleia Estudantil, reivindicando melhores condições de permanência estudantil.
Importante lembrar esse campus experimental da Universidade Estadual Paulista foi implantado em 2003 – portanto, há menos de uma década – no contexto do programa de expansão de vagas da universidade pública posto em prática pelo governador Geraldo Alckmin num convênio entre a Unesp, prefeituras e o Governo do Estado de São Paulo.
O curso teve início num imóvel cedido pela Prefeitura de Ourinhos, e desde 2005 funciona no campus atual, num terreno rodeado completamente por uma plantação de eucaliptos, que oferece apenas o curso de Geografia, nas modalidades bacharelado e licenciatura, com 90 vagas anuais (45 em cada turno), tocado por 15 docentes.
Está acertada a construção de um novo campus, num terreno do outro lado da cidade, o que ampliaria o número de cursos e também permitiria a implantação de pós-graduações.
Contudo, não bastasse o isolamento que em muito prejudica o cotidiano universitário, a situação atual é de atraso do pagamento das Bolsas de Apoio Acadêmico e Extensão I (BAAE I) (R$ 260 mensais e apenas 9 bolsas no primeiro semestre e 15 no segundo). Além disso, o campus não possui Restaurante Universitário nem Moradia Estudantil – e sequer perspectivas de que venham a existir. Há apenas 15 bolsas de auxílio aluguel de R$ 160 por mês, que nem de longe atende a demanda dos estudantes.
As bolsas de extensão (BAAE II), por sua vez, têm duração de apenas 10 meses – e os estudantes passam a receber sua bolsa apenas a partir do mês de abril, sendo que não têm garantias de que obterão sua concessão.
Ampliação imediata do número de bolsas e seu reajuste, garantia de construção de RU e Moradia e medidas paliativas até sua inauguração – como pagamento de aluguéis, convênio com restaurante e construção de copa coletiva – são reivindicações legítimas dos colegas de Ourinhos que já têm o apoio dos campi de Marília e Assis, que também já aderiram ao movimento.
Estendemos também aos colegas todo nosso apoio, entendendo que a Moradia Estudantil, os restaurantes universitários e a concessão de bolsas é indispensável para os estudantes em dificuldades financeiras. Sua ausência ou precariedade, reveladas na situação atual do campus de Ourinhos, compromete de maneira decisiva a formação destes discentes e, consequentemente, a qualidade do próprio curso de Geografia.
A expansão da universidade pública gratuita e de qualidade não pode ser feita sem a garantia do direito mínimo à permanência estudantil!
Estudantes de Geografia da Unicamp
Centro Acadêmico de Geografia e Ciências da Terra (CACT)

Nenhum comentário:

Postar um comentário