sábado, 27 de abril de 2013

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Após Ourinhos, Unesp Marília também entra em greve

Expectativa é que o movimento aumente ainda mais por conta de assembleias com indicativo de greve no campus de Assis e Presidente Prudente
Alunos da Unesp Ourinhos estão acampados no campus desde o dia 17 de abril
A greve dos estudantes da Unesp de Ourinhos já está completando nove dias e, pelo menos de forma oficial, nenhum resposta foi dada aos grevistas, que paralisaram as atividades de pesquisa, além das aulas no campus. Os alunos da Unesp Ourinhos, que atualmente oferece o curso de Geografia (bacharelado e licenciatura), estão ocupando o campus e realizando diversas atividades e assembleias para discutir a atual situação em que se encontram.
Na lista de reivindicações dos estudantes de Ourinhos, está o pagamento das bolsas, que estão atrasadas há dois meses, além de uma ampliação no número de meses em que ela é paga – antigamente era dez meses por ano, mas em 2013 já há a notícia de que serão pagas as bolsas em apenas nove meses – além de mais transparência na seleção dos projetos. Além disso, os grevistas pedem que a construção de um restaurante universitário e de uma moradia estudantil já entrem na próxima licitação da construção do novo campus da Unesp na cidade. Enquanto isso não acontece, os alunos querem que medidas paliativas sejam tomadas, como o aluguel de casas para os estudantes de baixa renda e a construção de uma cozinha comunitária ou algum convênio com restaurantes da cidade.
Além de Ourinhos, a Unesp de Marília também está em greve. Na última terça-feira (23) foi a vez dos estudantes de Marília fazerem uma assembleia e decidirem paralisar as atividades da instituição. Na cidade, que conta com um campus consolidado e bem maior, com diversos cursos, ao contrário de Ourinhos, que é considerado um campus experimental. Na ocasião, os estudantes decidiram pela greve geral dos estudantes,ocupação do prédio da direção da faculdade, ocupação do restaurante universitário até a revisão das bolsas de auxílio socioeconômico.
Em nota, a assessoria de imprensa da Unesp afirmou que no caso de Ourinhos houve uma reorganização no que diz respeito à administração das bolsas dos alunos da instituição no começo da presente gestão da Universidade, iniciada no mês de janeiro. “Isso motivou o atraso em alguns pagamentos. A expectativa é que a situação esteja regularizada até o início de maio. Quanto à moradia e restaurante universitários, esses assuntos devem ser discutidos em cada unidade que, posteriormente, encaminha o pedido à reitoria”.
Também por meio de nota, a direção da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, Campus de Marília, anunciou que por conta da ocupação do campus os servidores técnico administrativos suspenderam temporariamente as atividades no local por falta de condições de trabalho e só estão sendo mantidas as atividades de atendimento ao público no Centro de Estudos e Educação da Saúde (CEES, Campus II).
Organização do movimento estudantil
Para Gabriel Cunha, estudante do 10º termo do curso de Geografia da Unesp de Ourinhos, é importante Marília que é uma unidade consolidada da Unesp e que tem um monte de cursos, com mais de 2 mil alunos, e a pró reitora de extensão fica lá, só estão trabalhando pessoas de alguns cargos importantes para negociação.
De acordo com o estudante, nesta sexta-feira (26) a Unesp Assis, que é outro campus consolidado e com bastante cursos, também terá uma assembleia com indicativo de greve, assim como Presidente Prudente, que tem uma assembleia marcada para a próxima segunda-feira (29). Unidades de cidades como Franca, São Paulo também estão discutindo o assunto, apesar de ainda não terem assembleias marcadas.
“Quando acontecem as assembleias, estamos mandando gente daqui para acompanhar. Estamos fazendo rifas de livros para juntar o dinheiro necessário para essas viagens. Quanto mais campi entram na greve, ainda mais se forem os consolidados, a reitoria começará a se preocupar. Acho que só o fato de Marília já ter entrado eles começaram a se preocupar, o que acredito que não aconteceu quando Ourinhos entrou em greve”, ressaltou.
Isso demonstra que o movimento estudantil na Unesp está muito organizado. “Diariamente estamos tendo reuniões com coordenador de curso, coordenador executivo, para tentar negociar com eles, o que mostra o que eles estão fazendo de tudo, pelo menos burocraticamente, para ajudar a gente. Fora da burocracia não. A gente não estava sendo enxergado. Agora que Marília também entrou em greve, estamos tendo visibilidade”, opinou.
Segundo ele, nos últimos dias, só está aumentando o número de pessoas que não só passam o dia na faculdade, como também dormem acampado. Além disso, a greve ganhou mais visibilidade por conta do Ensigeo, evento organizado pela Unesp Ourinhos e que foi mantido mesmo com a greve. “O Ensigeo atraiu pessoas de diversas partes do Brasil, tivemos espaços para falar sobre a greve não só daqui, como também dos professores da rede estadual que também estão parados. Essa semana foi muito produtiva por isso, inclusive temos diversos cartazes feitos por pessoas de fora apoiando a nossa greve”, contou.

http://www.diariodeourinhos.com.br/noticia.asp?codnot=10407

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